terça-feira, 26 de julho de 2011

Eu desisto... Finalmente.

Desistir pode ser visto como se retirar da luta. Desistir pode ser entendido como abandonar, como deixar pra lá. Simplesmente desistir. Neste caso desistir tem a ver com começar denovo.
Já faz algum tempo que eu não tenho mais o que chamava de "minha vida". Já tem algum tempo que ficou só Raquel, as paredes, nenhuma esperança, um anseio quase insuportável nunca curado e o vazio. Vazio este que tentei preencher com tantas coisas que jamais valeram a pena. Vazio que foi maior até que o "cheio" que houve algum dia. Nada poderia suprir o que faltou. Nada taparia o buraco que ficou. E lá fui, perfeitamente insana como todos somos em dor, tentar em tantas noites mal dormidas, histórias, coisas, situações sem lógica procurar respostas e sentimentos que jamais poderiam ser encontrados.
Houve um tempo em que verdadeiramente houve alguém que foi capaz de me trazer à luz neste período de trevas. E se estou aqui despertando foi porque há em minha vida um homem chamado Carlos Diniz, meu tio, que por exemplo, compreensão, entendimento, amor incondicional me trouxe à razão em muitas angústias. 
Tudo tem seu tempo. Tudo tem a hora certa de acontecer. Evoluir é isso. Aprender, crescer, amadurecer, chamemos daquilo que nos fizer compreender mais facilmente o que é ser uma pessoa melhor hoje do que fui ontem.
Então hoje... Eu desisto... Finalmente.
Desisto de tentar entender onde eu errei tanto. Se no fim das contas a única agredida em idas e vindas por um mundo que não me pertence fui eu mesma e ninguém mais.
Eu desisto de tentar explicar o porque das pessoas acabarem se tornando o que elas mais temem.
Eu olho agora para alguém que parece não perceber a colheita maldita da própria plantação e penso... Onde agora o seu caráter? Onde agora a sua honra? Onde agora quem você era? 
E eu vejo a mim mesma dispensando um tipo de amor incondicional agora... Amor incondicional. Aquele que nos faz semelhantes a Deus. Aquele que Ele é capaz de sentir. Então eu me descubro assim. Vendo que me foram impostas tantas condições para que eu fosse amada. Enquanto eu verdadeiramente não posso impôr nada para aqueles que realmente amo.
E deveras isto me fazer maior do que acreditaram e me fizeram crer. Ou que fingiram acreditar para que se libertassem de suas próprias culpas. Eu levei comigo o pesar de muitos corações. As justificativas de muitas decepções. Eu fui forte o suficiente para tal. Eu fiz o sacrifício que não cabe mais a mim. Portanto... Desisto.
Eu desisto... Finalmente... De esperar de alguém o que só eu mesma sou capaz de ser.
Encontro em mim mesma, desperta de um sonho que durou muitos anos, a pessoa que eu gostaria de ter ao meu lado por toda a vida.
E o futuro já não importa tanto se o presente diz tudo o que eu queria saber.
Acordo de um sonho e vejo minha vida, a real... Muito mais bela do que imaginava.
Eu desisto de você. Mas espero que você se encontre. E que fique bem, e que seja feliz...
E ainda que eu seja a resposta para o que você enxerga agora... Eu descobri que sou a minha resposta também. E sentindo, sabendo, enxergando, crendo no que creio...
Desisto de você... Nunca desistirei de mim mesma.

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